Avaliando a eficácia do uso de experimentos no processo ensino-aprendizagem: estudo de caso

Abstract

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s+) indicaram uma mudança na educação que passou a objetivar a formação cidadã dos alunos. Nesse contexto os experimentos emergiram como ferramentas para trabalhar competências citadas nos PCN’s+. Diante disso, professores passaram a se utilizar de experimentos como facilitadores da aprendizagem, que deveria ser significativa como defende Ausubel, porém o ensino tradicional costuma separar os alunos em três grupos: os capacitados, que tiram notas altas, aqueles que tiram notas médias e os que tiram notas baixas. Tendo vista esta divisão, surge uma questão primordial: em que medida os experimentos contribuem para a melhoria do processo ensino-aprendizagem dos alunos de todos os três grupos? Para responder tal questão foi realizado um experimento sobre a lei de Ampère e foram aplicados questionários em quatro momentos a uma turma do ensino médio do Instituto Federal de Sergipe – Campus Lagarto. Foram analisados também alguns dos livros didáticos do PNLD para o 3º ano do ensino médio, além dos históricos dos alunos, considerando as notas do IDEB e do ENEM das escolas nas quais eles cursaram a 8ª série do ensino fundamental e o 1º ano do ensino médio. Os resultados mostraram que os alunos apresentam uma queda de rendimento em Português e Matemática nesta transição; alunos capacitados e aqueles que normalmente tiram notas baixas mantiveram suas notas nos quatro momentos – os primeiros por terem um conhecimento maior a respeito do que foi tratado no experimento e os outros por não terem adquirido subsunçores para compreenderem o fenômeno estudado. Os experimentos contribuíram para aprendizagem dos alunos que normalmente tiram notas médias, que ao longo dos momentos demonstraram uma evolução nas notas.