Perda da autonomia nos agroecossistemas campesinos: a viseira dos aplicadores de agrotóxicos

Abstract

O presente trabalho constou de um estudo de caso, envolvendo quatro estabelecimentos rurais do município de São Francisco, SE. O objetivo foi contribuir e demostrar a realidade dos agricultores que trabalham com o uso de agrotóxicos e não são orientados sobro o perigo e as consequências na sua utilização, afetando o ambiente, a saúde e os consumidores. As pesquisas e as consequências advindas do uso de agrotóxicos denotam que agricultores familiares, não esclarecidos, são os primeiros a terem a sua saúde comprometida. Os impactos foram decorrentes do uso inadvertido, sem utilizar medidas de proteção. Os riscos de contaminação se somam na aquisição, transporte, preparo das caldas, aplicação, armazenamento e destino das embalagens. Na maioria das vezes por falta de conhecimento ou mesmo por comodismo, os agricultores não ficam atentos ao uso do agrotóxico e também a destinação final das embalagens após o uso. Em contraponto a esta tendência de uso indiscriminado, inúmeros diagnósticos demonstram que a agricultura de base ecológica é capaz de oferecer respostas consistentes a desafios ambientais, econômicos e sociais. Deslumbram-se oportunidades únicas para reverter o atual processo histórico de desenvolvimento (in) sustentável da agricultura. Conclui-se que as famílias que não utilizam o herbicida Tordon tem mais perspectiva na agricultura e na sua saúde e não tem endividamento bancário. Sua biodiversidade é ampliada visando atender a alimentação da família e mercados locais diversificados, nas feiras e outros mercados regionais.