Embalagens sustentáveis para alimentos: uma revisão

Abstract

As embalagens surgiram com o principal objetivo de preservação e transporte de alimentos na antiguidade, mas com o aumento da população e o desenvolvimento das tecnologias, foram criados diversos tipos de embalagens, que por sua vez, tiveram suas funções principais ampliadas, tornando-se mais atrativas, apresentando praticidade e segurança, transmitindo ao consumidor uma linguagem de arte. O alto consumo e o descarte desordenado dessas embalagens têm causado danos exponenciais ao meio ambiente, pois a maior parte delas é descartada após um único uso. Observa-se que as embalagens tradicionais de vidro, papel, plástico e metal causam danos ao meio ambiente desde a extração de suas matérias-primas até seu produto final, que são as embalagens e, por fim, seu desuso. Há algum tempo, os resíduos sólidos têm se tornado um problema ambiental a ser resolvido entre as autoridades competentes, juntamente com a população e a indústria de alimentos. E o termo sustentabilidade tem se tornado evidência na população mundial, levando à necessidade de se repensar sobre o uso adequado, reaproveitamento e reciclabilidade das embalagens. Embalagens sustentáveis e biodegradáveis são uma alternativa promissora para recriar este cenário, uma vez que se degradam em pouco tempo e, consequentemente, causam menos impacto ambiental. Buscando-se destacar a importância da temática no contexto ambiental e ampliar as pesquisas sobre o assunto, a proposta deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre o desenvolvimento de embalagens sustentáveis para alimentos, com ênfase nas embalagens biodegradáveis. Embalagens sustentáveis e biodegradáveis estão ganhando cada vez mais espaço no mundo científico e diferentes matérias-primas renováveis, de origem vegetal e animal, têm sido estudadas para a elaboração de embalagens para aplicação em alimentos, de forma que diversos autores desenvolveram filmes biodegradáveis a partir de materiais naturais, abundantes na natureza, tais como amido, celulose, gelatina, pectina e quitosana. Apesar das vantagens proporcionadas pelas embalagens biodegradáveis, algumas limitações são associadas aos filmes obtidos, de forma que, a maioria dos trabalhos encontrados avaliam a combinação de diferentes materiais para melhoria das propriedades mecânicas e de barreira dessas embalagens.