A regeneração da infância pobre sergipana no inicio do século XX: o Patronato agrícola de Sergipe e suas práticas educativas

Abstract

Este trabalho busca compreender o processo de implementação, os objetivos e as práticas educativas do Patronato Agrícola de Sergipe, criado pelo Presidente do Estado, Maurício Graccho Cardoso, no ano de 1924. A delimitação temporal do estudo dá-se entre o ano da criação do estabelecimento e a sua transformação em Aprendizado Agrícola Federal, no ano de 1934. Com base neste período, através de leis, decretos, atos, pareceres, relatórios, ofícios, jornais, dentre outras fontes, são ressaltados os personagens que fizeram parte da história dessa instituição, além de uma análise sobre suas práticas educativas, como: o ensino primário, as aulas de Educação Física e Escotismo, as oficinas profissionalizantes (marcenaria, ferraria e sapataria) e o ensino agrícola, além de outras atividades que contribuíam também como ferramentas educativas, tais quais as festas, as solenidades e as visitas. Durante o trabalho interpretativo ao longo do texto, percebeu-se que apesar de o Patronato de Sergipe ter um duplo objetivo: a regeneração dos menores e a formação de mão-de-obra agrícola, o que sobressaiu ao longo dos dez anos de funcionamento foi a correção moral.