Racionalidade, Educação e Gestão Ambiental

Abstract

Este artigo propõe uma reflexão sobre a educação e a gestão ambiental. Parte-se do entendimento que o fundamento da problemática ambiental na sociedade contemporânea consiste numa racionalidade técnico-instrumental que permeia as ações dos agentes sociais. Argumenta-se que tal racionalidade, funcional ao sistema capitalista, trata a natureza como recurso que deve ser explorado em razão da valorização da capital. Desta forma, analisa-se os programas de educação ambiental, demostrando sua insuficiência para modificar tal racionalidade, pois remetem os problemas ambientais ao âmbito individual e não contemplam sua complexidade. Busca-se demostrar que a gestão ambiental exige a consideração da natureza como patrimônio público e, como tal, objeto de decisões-ações definidas em espaço público. Tal procedimento visa constituir novas formas de agir e o comprometimento do público envolvido na gestão dos espaços habitados, considerados em sua multidimensionalidade.