Políticas públicas de desenvolvimento, governança e a sustentabilidade: o alto sertão sergipano

Abstract

De que forma pessoas que vivem no espaço rural brasileiro, boa parte em situação de pobreza e vulnerabilidade social, podem conquistar desenvolvimento, sobretudo mediante intervenções governamentais, sem necessitar deslocarem-se para outras regiões, caracterizando o êxodo rural?

Ao tratar de modo específico o Território do Alto Sertão Sergipano, tendo em vista o papel de governos relacionado ao aspecto territorial, visto como um mecanismo de inclusão social, surgem questões a respeito da efetividade das políticas públicas territoriais nesse espaço.

A permanência do homem sertanejo em seu ambiente de origem mostra-se vinculada a ações pontuais, emergenciais e assistencialistas, promovidas pelo Poder Público, prática presente na história do Brasil, em contraponto com uma verdadeira investida inclusiva, baseada na sustentabilidade e em projetos sólidos e coletivos que visam ao desenvolvimento do território ocupado por famílias no semiárido.

Decerto, o anseio do sertanejo é prosseguir, diante de um cenário ainda incerto, em busca de soluções para o lugar onde nasceu e habita: o seu território. O território visto principalmente como espaço geográfico, com objetivos comuns e sentimento de pertencimento, contrastando com espaço de disputa, poder e jogo de interesses.

Diante desse quadro, é possível que políticas de desenvolvimento no Território do Alto Sertão Sergipano sejam compreendidas como sustentáveis, em consonância com os atores envolvidos, em função de suas representações sociais? A governança aplica ações que se materializam em projetos coletivos e espaços de participação que concorrem para o desenvolvimento territorial sustentável?

Envolva-se, busque entendimentos e forme conclusões nessa discussão que retrata um pequeno recorte do Brasil sertanejo e suas várias implicações, destacando o homem e seu papel na terra de origem.